"Nada do que quero me suprime, e por não saber ainda não quis"
"há algo dentro de mim,
um nome que nunca se diz,
preso nas sombras do tempo,
repetindo-se em silêncios."
Eu queria mergulhar em um poço de
palavras inexistentes, um universo onde cada termo fosse moldado
exatamente para carregar o peso e a leveza dos meus sentimentos.
Palavras que se encaixassem perfeitamente, ocupando todos os espaços
vazios da comunicação, como água preenchendo cada canto de uma fenda.
Sonho com letras que não apenas descrevam, mas respirem — que tragam no
sopro de cada sílaba a essência do que sou e sinto. Que falem de coração
para coração, sem deixar margem para dúvida, sem arestas que cortem a
compreensão.
Que cada palavra escolhida seja um reflexo límpido de um pensamento
decifrado. Que cada frase construída seja uma ponte direta para a alma.
E, acima de tudo, que esse mergulho profundo permita um amor
compartilhado, onde nada precise ser dito além do que já foi
perfeitamente sentido.
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