Parte XXXI (...eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão.") Mário Quintana,
Lírio estava diante dela! Sua presença era tão forte, que desconstruía todos os muros e barreiras que havia construído. Ele estava ali, no mundo dela. Não sabia muito bem como lidar com aquelas sensações. Sorriu amarelo ... Ele compreendeu o sorriso . A verdade, o que não compreendia era o que havia acontecido; Antes, havia muita cumplicidade no olhar entre eles, os sorrisos desabrochavam como flor... Lírio parecia se perguntar no instante em que a olhava; Porque havia deixado escapar a chance de viver aquele amor? Ele não sabia o que dizer; simplesmente queria parar o tempo, "morar" naquele instante. Ironicamente, Íxia , no dia em que deveria falar todas as coisas que imaginou, pensou e ensaiou durantes todos aqueles meses, só conseguiiu balbuciar algumas palavras sobre o tempo e fazer gracinhas sem sentido algum. Havia se imaginado diante dele em mil situações, mas nenhuma delas sequer chegou perto da sensação real daquele moment...