"...Mas o tempo desconhece, nem de longe reconhece O poder que tem o coração"
Quando não sei dizer, ouço... "Eu desejo o tempo certo Mas aquele que me diz seu sim O que sopra encantamento Mesmo que no desalento Faça-me provar o que é melhor" Que me alinhe ao momento sob a luz do entendimento Que faz voltar ao pó as ilusões Sou do tempo um resultado Inocente ou ser culpado Não, não cabe aqui juízo algum Bem melhor é ser presente, nunca dele ser ausente Pois ele se vai sem se despedir Porque o tempo não se prende nas esquinas das quimeras Nem se rende à voz da imposição Não espera os distraídos, nem perdoa os seus conflitos E vai sem perguntar se já curou Porque o tempo é implacável Faz do medo um insondável Faz ruínas, traz a escuridão Mas o tempo desconhece, nem de longe reconhece O poder que tem o coração Há quem diga que a verdade cedo ou tarde nos invade Frente a frente o tempo e coração Sem efeitos, sem disfarces Sem excesso, sem vaidade O puro estado do que já restou Um encontro entre as partes Os dois lados do embate...