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Mostrando postagens de abril 11, 2010

"Lembrança é quando, mesmo sem autorização, o seu pensamento reapresenta um capítulo" . Adriana Falcão

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Minhas lembranças alcançam a curva da estrada onde os trilhos se partiram selando nossos destinos... O vento sopra solitário Gotas de orvalho caem enferrujam os trilhos Os galhos da castanheira balançam... Suas folhas não caem mais Nem alimentam sua raiz Congelam... (Regina Paoli) "Essa lembrança que nos vem às vezes... folha súbita que tomba abrindo na memória a flor silenciosa de mil e uma pétalas concêntricas... Essa lembrança...mas de onde? de quem? Essa lembrança talvez nem seja nossa, mas de alguém que, pensando em nós, só possa mandar um eco do seu pensamento nessa mensagem pelos céus perdida... Ai! Tão perdida que nem se possa saber mais de quem!" Mário Quintana

"Sou responsável quando deixo que outro faça por mim o que me cabe."

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Cabisbaixo! Acuado indefeso Olhar perdido, Fulminante triste Fruto da violência Negligência dos pais Descaso social. Ferido! Físico emocional Vem meu anjo, Deixe-me curar essas feridas espalhadas pelo seu corpo frágil, raquítico As feridas da alma? Sabe-se lá o que se passa nesse coração inocente que bate acelerado e ainda me diz docemente "Tia cê é um anjo" Não fui um anjo, meu anjo ! Tenho sensibilidade Percebi seu olhar perdido seu corpo ferido. Curei suas feridas Só isso! Meu sofá cômodo Minha mesa farta Meus problemas "grandes " Impediram-me de lutar por você Deixei-te sem vez e sem voz... No jornal a notícia Tombado! morto ! Condenado! Meu dedo em riste aponta os culpados: Governo, sociedade... E eu? Parte integrante dessa sociedade, Cidadã consciente Decido pelo voto, quem governa Culpada ou inocente? (Regina Paoli)

A Vocação Parte II

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Bateu palmas chamou pela Dona Maria. Eis que aparece uma mulher, bonita, mas "esquisita" Foi logo se apresentando. A Mulher a olhou assustada e foi logo perguntando se já tinha 18 anos. Disse que sim e ela pediu pra ver os meus documentos. (Achou o cúmulo do absurdo quando ela disse que eram normas da casa, e menor era confusão na certa. Credo, pensou. O que os policiais tinham a ver com a idade das professoras? "Trem" mais esquisito. Era habilitada, isso é o que importava. Após ter mostrado os documentos, entrou na "grande casa". Tudo muito limpo, estava lustrando o chão com um "velho escovão", o piso vermelho parecia um espelho. Mostrou-lhe o quarto onde ficaria e avisou e não poderia atendê-la naquele momento mas que voltariam a conversar depois das seis, antes de começar o "TRABALHO". Teve tempo apenas de perguntar a que horas as meninas chegavam. Respondeu que só chegariam à noite para o trabalho. Achou

Conto A vocação. Parte I

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Acabara de completar 18 anos."Uma menina" Sonhadora, romantica, cheia de sonhos, e recém formada no magistério . Numa bela manhã, sua ex professora que trabalhava na delegacia de ensino da cidade, ligou dizendo que havia uma vaga numa escola rural e havia pensado nela ... Seu sonho era dar aula e esta era a chance de começar... Sua professora explicou como faria pra chegar até lá . Deu todas as dicas: ponto de parada, como pegar carona com o ônibus que transportava trabalhadores da Florestal a abordagem ao motorista para levá-la à escola . Ela se prendeu muito mais ao poder de "convencimento" junto à Maria, uma antiga cantineira da escola, que relatava á diretora suas primeiras impressões sobre as candidatas . Também era responsável pelo alojamento, uma pensão que acolhia professoras que vinham de fora. Era fundamental mostrar segurança e deixar clara a sua "vocação". Depois de selado os "acordos", já com aceitação do namora

"Deixa-me perder a hora Pra ter tempo de encontrar a rima"

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No diário, o registro: Existo Há vida pulsante neste instante Fome em compreender Este rio do meu ser Este som, orquestra fina que ora desafina e desatina a alma.

Conto de amor...

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A CARTA Eram dez horas quando o carteiro deixou em suas mãos as correspondências... Seu coração quase saiu pra fora; uma das cartas endereçada a ela. Era dele, pensou. Só podia ser... Deixou as outras correspondências sobre a mesa. Correu, puxou a escada do sótão, acendeu a luz. Abriu a carta... Palavras lindas, ele era romântico. Será que estava namorando? O que diria aos pais? Um trecho da carta era claro, ficava "martelando" sua cabeça. -Diga sim e seremos namorados. Tu sabes, gosto de ti . O tempo passou.... Não respondeu as cartas. Timidez... ( No fundo já sentia-se namorada) Em segredo, ele já era o seu amor ... Uma rotina. Chegava da escola, corria pro sótão, pegava as cartas escondidas no "fundo falso" do colchão de uma cama antiga que dobrava e ocupava pouco espaço. Lia tanto que chegou a decorá-las; uma por uma. Um dia, chegou da escola, correu pro sótão como de costume. A cama não estava lá; havia sido doada pela mãe... Chorou todas as
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Deixou-nos o tempo suspensos no silêncio Senti o teu, mudo. Exercitei o meu... Por tanto tempo impressões, emoções Sentimentos "guardamos" Doeu em mim o silêncio que não partilhamos Que seria o fio de esperança... Desistimos de nós. Perdemo-nos Teus olhos se despediram dos meus Os meus nunca se despiram dos teus...
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Te amei em silêncio... Experimentei a dor da ausência orgulho, arrogancia, indiferença... Por tanto tempo alimentei a esperança Sua ausência fêz-se saudade Mas o tempo passou e dentro de mim a compreensão enfim Sua indiferença? Total ausência de lembranças Orgulho? Imaturidade Arrogância? Não sei... Sei apenas que a vida lhe exigiu mudanças...
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Não sei porque seguimos caminhos diferentes Algo aconteceu entre nós Um mundo de razão calou nosso coração Não disse nada Nada de tí ouví Calamo-nos apenas Pagamos o preço pelo silêncio mudo...
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Existe um motivo pra cada instante e encontro Há de se ter sensibilidade pra perceber o encanto... O acaso nem sempre vai nos proteger e num instante perdemos a magia...
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Voou... Leve, livre... Cumpriu seu papel; encantar-me Cumpri o meu: ouvi o seu canto Voou... Levou consigo meu olhar de encanto Deixou comigo seu olhar indiferente...
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Seu amor é feito pássaro livre Pousa à minha janela Deixa seu canto Encanta Depois voa...

Ternura...

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Me leva com você pro mar Me ensina a navegar Eu te ensino a me amar... Nos teus olhos castanhos Meus olhos verdes hão de morar...