"As palavras saem quase sem querer..."
Numa curva da estrada,
como um trem nos trilhos,
você quis,  mudou  a rota.
Tudo se fez num gélido silêncio.
O relógio seguiu, não suscetível
atravessou o dia, a tarde, a noite.
Atravessou a nossa vida...
E o  vento soprou solitário
com intermitentes gotas geladas de orvalho...
Por anos a fio, voltamos a estação
em vão, nenhum sinal ,
Nem som, nem tom,
Nem uma palavra sequer, resposta
para dizer, " agora amigos"
Entenderíamos, mudaríamos  a rota,
atenderíamos seu pedido de amigo
Seriamos a melhor...
Não subestimamos a palavra , aprendemos  com ela
Mas,  sentimos que nas palavras escritas
devemos um  estado de atenção
Proteção; ainda há uma menina que habita em nós
Quem disse que o que vem na alma, tem que ser dito?
Ah! dizer,  ler, ouvir a voz, 
só faz fugir de nós a lucidez, sensatez do que somos ...
Porquê ?
Simples,  ainda o enxergamos pelo retrovisor...
Dissemos simples? 
Em resposta às perguntas que não fez...
As perguntas , acreditamos, são mais importantes
Quem sabe mudaria o rumo das palavras? 

 
 
Parabéns amada madrinha! Seus poemas estão cada vez mais belos e emocionantes! Você escreve com a alma, com o coração! Mil beijos...sou seu fã.
ResponderExcluirObrigada meu lindo. Tia Cé te ama. Vc é uma jóia muito rara
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