"No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas que o vento não conseguiu levar: um estribilho antigo um carinho no momento preciso o folhear de um livro de poemas o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."
Acho que te inventei.
Seu amor não existiu
Chegou de mansinho,
Entrou nos meus sonhos
Ganhou espaço no meu coração
Não sei porque,
As lembranças sempre voltam
ainda que eu tenha inventado você
Seu amor,
seu sorriso,
sua timidez,
Seus olhos a me olhar
palavras suas
Tão suaves
Tão leves,
Que viver no afeto
Não foi tão breve
Ainda vivem em mim...
(Regina Paoli)
Quem ama inventa
Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ramaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressureições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Ó! meu pobre, meu grande amor distante.
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!
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