“Pois toda essa beleza que te veste/vem de meu coração, que é teu espelho”;


Quando você pinta tinta nessa tela cinza

Quando você passa doce dessa fruta passa

Quando você entra mãe-benta amor aos pedaços

Quando você chega nega fulô boneca de piche

Flor de azeviche

Você me faz parecer menos só, menos sózinho

Você me faz parecer menos pó, menos pozinho

Quando você fala bala no meu velho oeste

Quando você dança lança flecha estilingue

Quando você olha molha meu olho que não crê

Quando você pousa mariposa morna lisa

O sangue encharca a camisa

Quando você diz o que ninguém diz

Quando você quer o que ninguém quis

Quando você ousa lousa pra que eu possa ser giz

Quando você arde alardeia sua teia cheia de ardis

Quando você faz a minha carne triste quase feliz 

 


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