"Porque eu estaria fora de seus pensamentos, agora que estou apenas fora de suas vistas? Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do Caminho..."

As vezes percebo um silêncio, quase mudo  diante  da  natureza  da morte,

como  se  morrer não fosse nosso destino.

Muitas percepções em torno do assunto

Alguns acreditam  que a morte é o fim de tudo.

Outros, principalmente estudiosos, religiosos, espiritualistas

e espíritas acreditam que a morte  é uma passagem.
   Nascemos e morremos, mas , quando a morte nos toca de tão perto, dói,

porque evidência a perda no fundo da alma .
No primeiro momento, ficamos  paralisados,  em seguida, vêm o sentimento de impotência,  inquietação.

  Umo vazio toma conta do nosso ser.
  A fé na existência após a morte, pode ser menos doloroso pra quem parte

e um consolo pra quem fica.
As vezes me pego pensando nas palavras de nossa mãe,

" Deus me emprestou sua vida minha filha, você foi um presente, e ,

agora, que sua missão na terra termina, eu te devolvo pra ele,

o dono da vida" 
Quisera eu ter essa força de espírito, essa sabedoria,

desse ser iluminado chamado IVÊTA, que Deus nos presenteou como mãe.
Eu quero muito minha irmã, que essa dor gritante, se aquiete no meu peito,

me sinto desertada do seu afeto, do seu sorriso, das broncas, suas manias, dos seus exageros ,

das suas inquietudes, dos questionamentos que soavam como rebeldia,

mas completamente compreensíveis e nos remetiam a reflexão.
Ah minha irmã, se eu pudesse voltar no tempo eu te abraçaria mais,

te ouviria mais, te diria todas as palavras que ficaram por dizer...
Eu quero acreditar, que a sintonia, a afetividade que sempre nos uniu,

permita resgatar os momentos que vivenciamos juntas, e, coragem para admitir

e aceitar com mais serenidade que você se foi.
Meu coração me diz que você teve receio de partir, embora ,

certa da sua plena consciência , compreensão , aceitação e fé na continuidade

e eternidade da alma. Talvez porque dentro de nós exista algo que ultrapassa os limites da nossa compreensão,

"amor de mãe".

Acreditamos que nossos filhos não são capazes de caminhar longe de nossos olhos, do nosso cuidado,

de nossa proteção. Exageros... 
Minha irmã, somos singulares, cada um com seu jeito de viver e enxergar a vida,

de sentir e de dizer, até mesmo de expressar sentimentos, mas, não tenho dúvidas,

nós, 12, filhos de "IVETA E DIDI" , temos uma história de vida.

Trocamos experiências, muitas vezes confidências, rimos e choramos, brigamos

e nos "perdoamos", nem sempre assertivos, mas sempre nos amamos.
Pra hoje, a palavra que temos guardada no coração é gratidão.
  Fique em paz e Tenha certeza,

seus filhos estarão sempre na  mira de nossos olhos e de nosso coração.
Uma promessa, lembra?
Te amamos.

Hoje, vou parafrasear Amanda Cunha Pereira,

"Aqueles que realmente estão entrelaçados na energia espiritual, nunca deixarão de existir ,

estarão sempre vivos em nossos corações e em nossas almas!"